É que Deus não tem nada a ver com isso, mas a gente tende a crer que tenha, mas o mérito do sucesso e felicidade em partes pode até ser dele, mas rezar e crer que ele salva e resolve, é o erro dos esquecidos, porque em sociedade, é o estado, igreja e as famílias que condenam ou premiam, os fracasso e o sucesso.
Mas olhando as pessoas que passam em frente do café onde a gente se reúne nas tardes quentes de verão, eu fico com a impressão que somos, estamos errados em podermos viver e fazer quase tudo que queremos e podemos claro, dentro do limite de nossas finanças ou do nosso poder aquisitivo, porque tem coisa que só jogador de futebol, gordo e de salto alto pode.
Mas sério, tem gente que parece que Deus e a sociedade esqueceram, passam dias e noites pra cima e pra baixo e sempre do mesmo jeito, a mesma roupa, a mesma cara de sofrimento e por ai vai.....
Não estou sentenciando ninguém a viver no purgatório, mas será essas pessoas passam a vida assim, em uma luta diária e pela vida toda?
Eu não estou falando de ontem, hoje, falo de décadas vendo essas mesmas pessoas passaram do nada em direção ao nada e quase invisíveis aos olhos dos transeuntes e de toda a sociedade....
Fiquei pensando em quantas pessoas passam a vida e vivem anonimamente o seu sofrimento e luta diária para poder sobreviver nesse mundo....
É, como disse no inicio, eu sempre agradeço e falo da sorte e felicidade de podermos sorrir, rir e passar os dias na sombra enquanto discutem se dão R$ 35,00 reais de aumento para esses esquecidos por Deus e pela sociedade, e se discute na sala refrigerada, regados a água mineral, tudo pago pelos esquecidos.
A gente merece, porque luta, mas não fico cego a dor e sofrimento alheio.
Que merda de sociedade é essa?
E eu que pouco tenho e nenhum poder me foi designado, só penso e nada posso fazer a não ser me comover e ficar olhando eles passarem a um sol de 40º C, com sua caras de excluídos.
Att:Luka.san, indignado recomenda o livro Honoráveis Bandidos; Um retrato do Brasil na era Sarney, do jornalista Palmério Dória.